Planejamento 2026: a Reforma Tributária já deveria estar no seu orçamento

Na fase de construção do orçamento 2026, empresas devem incorporar os impactos da Reforma Tributária (CBS, IBS, split payment). Saiba quais ajustes já são necessários para antecipar riscos e ganhar vantagem competitiva.

PriceTax

10/10/20253 min read

Estamos num momento decisivo: enquanto empresas de grande porte já começaram a reservar recursos para adaptação ao novo regime tributário, muitas organizações de médio porte ainda veem essa transição como algo distante. Contudo, a Reforma Tributária já está se desenhando sobre o horizonte financeiro de 2026.
A partir de 2026, inicia-se a fase de testes da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e, em 2027, entra em vigor o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), com implementação gradual até 2033, conforme prevista na EC 132/2023 e regulamentada pela LC 214/2025.
O impacto esperado no caixa pode variar entre 5% e 10% do faturamento, dependendo do setor, estrutura de compras e do modelo de operação. O verdadeiro risco não está apenas na alíquota — mas na falta de preparação para a transição.

Neste artigo, vamos mostrar quais aspectos sua empresa precisa considerar agora para que o orçamento de 2026 já incorpore esses impactos.

1. A Reforma Tributária e suas fases: cenário básico
  • A LC 214/2025 regulamenta a EC 132/2023, criando o IBS (substituindo ICMS e ISS) e a CBS (substituindo PIS/Cofins).

  • A CBS passa por fase de testes em 2026, com destaque de valores nos documentos fiscais, sem recolhimento efetivo imediato.

  • Já o IBS entra em operação plena entre 2027 e 2033 de forma escalonada, conforme o cronograma regulamentar.

  • Importante: o modelo prevê cobrança “por fora” e não cumulatividade plena, o que muda a dinâmica entre crédito e débito.

2. Principais impactos esperados no fluxo de caixa

2.1 Split payment / retenção automática

Com a LC 214, entra em cena o mecanismo chamado de split payment, que determina o repasse automático dos tributos (IBS + CBS) diretamente ao fisco no momento da operação, sem que esses valores passem pelo caixa da empresa.
Isso altera:

  • A autonomia sobre o caixa, já que parte do valor da venda não transita na conta da empresa

  • A previsibilidade financeira, pois o tributo deixa de ser parte do montante que a empresa controla

  • A necessidade de disciplinar conciliações contábeis automáticas entre notas fiscais emitidas e valores repassados

2.2 Carga efetiva e custos indiretos

Mesmo que o modelo permita créditos sobre insumos, operações mal documentadas, falhas de classificação ou ausência de lastro documental podem significar glosas de crédito e correções de impostos a pagar.

Setores com custos elevados de insumos, logística ou estrutura operacional sentirão efeitos maiores.

2.3 Projetos de investimento (CAPEX)

Uma novidade importante: sob o novo regime, bens de capital (máquinas, tecnologia, equipamentos) poderão gerar crédito de IBS/CBS de forma imediata, não mais parcelada. Isso reduz o custo financeiro dessas aquisições e fortalece o caixa para investir.

3. O que precisa já entrar no orçamento de 2026
  • Reestruturação de sistemas e ERPs
    Atualização de leiautes fiscais, integração com módulos bancários, rotinas de crédito e débito e emissão de notas já adaptadas para os novos tributos.

  • Treinamento das equipes
    Fiscal, contábil, TI, compras, comercial — todos devem entender o impacto tributário e sua interface operacional.

  • Adequação de precificação, contratos e compliance
    Ajustes nos preços para incorporar tributos “por fora”, cláusulas contratuais que repassam compliance tributário, modelos de cobrança e revisão de acordos com fornecedores.

  • Planejamento tributário e simulações de cenário
    Simular diferentes cenários, estimar o impacto no caixa, mapear créditos possíveis e identificar gargalos operacionais.

Sem uma previsão orçamentária, sua empresa pode enfrentar surpresas desagradáveis: falta de recursos para investir nas adaptações, atrasos operacionais e até penalidades por não conformidade.

4. Como a PriceTax pode atuar como parceira estratégica

Nós oferecemos:

  • Ferramenta de simulação tributária avançada, alimentada com todas as regras antigas e novas, incluindo benefícios fiscais aprovados, notas técnicas e legislações aplicáveis por NCM e CNAE. A solução também consulta automaticamente o regime tributário dos fornecedores, gerando cenários claros e mensurando os impactos no fluxo de caixa — algo primordial para a nova realidade.

  • Ivana, nossa inteligência artificial especializada em IVA, que potencializa a análise: traz insights, esclarece dúvidas e valida os números gerados pelo simulador, ampliando a visão estratégica da sua equipe.

  • Parametrização assistida de ERPs (SAP, B1, TOTVS) para suportar os novos tributos e rotinas fiscais.

  • Workshops internos para equipes multidisciplinares, alinhando visão tributária à operação.

  • Monitoramento contínuo da normativa, notas técnicas e regulamentos complementares.

Com esse suporte, sua empresa não reage: antecipa-se com clareza e estratégia.

O planejamento para 2026 não pode ignorar a Reforma Tributária — ela já está presente nas decisões de caixa, contratos e sistemas. Reservar orçamento agora não é custo, é estratégia. Quem fizer isso estará em vantagem competitiva em meio a uma transição profunda.

Sua empresa já sabe quanto provisionar para atravessar 2026 com segurança e aproveitando oportunidades?

PriceTax — O X da questão.